
Sendo Verão tenho mais tempo para pensar em mim mesma,
pensar nas minhas acções, naquilo que podia ter feito melhor e em que é que
posso mudar.
De algum modo, é um balanço intermédio antes de final do
ano, em que reflicto sobre aquilo que não gosto na minha vida e,
necessariamente, no que posso fazer para tornar isso diferente.
E assim começa o meu primeiro erro de pensamento. Eu tenho
primeiro de pensar no que é que quero ser/ter/fazer, e depois então caminhar
nesse sentido, e não pensar no que não quero ser/atrair para a minha vida e
depois tentar evitar os factores que podem estar a provocar estes efeitos.
A tendência é sempre esta, é pedir para que algo de mal não
aconteça, em vez de pedir por algo de bom. Pelo menos é assim que funciona
comigo. E depois existe, claro, a forte tentação de atribuir tudo a factores
externos: “mas por que é que o Universo não me ajuda?”, “mas será que eu não
merecia nada de diferente?”.
A resposta é que mereço aquilo que trabalho para alcançar.
Hoje li algo que me chamou a atenção. Li que o Universo
nunca fará aquilo que devemos fazer por nós próprios. E é verdade…Eu não posso
continuar a pedir que as coisas funcionem de modo diferente se eu continuar a
agir da mesma maneira.
Assim, hoje olho para o futuro, para a pessoa que eu quero
ser, e transformo o futuro em presente, sendo hoje aquilo que quero. Mas sendo
aquilo que eu realmente quero, e não o que os outros querem, não o que os
outros me provocam para eu ser.
Vão sempre existir pessoas no nosso caminho a desafiar-nos,
quer para adoptarmos comportamentos positivos, como negativos. Mas cabe-me a
mim decidir que comportamento quero ter, a pessoa que quero ser.
E assim hoje aprendi que não agir constitui em si mesmo uma
forma de acção. Que nem sempre é necessário reagir a factores externos por via
de os deixar influenciar-me, ou motivar-me a ter um tipo de comportamento que
me afasta da pessoa que quero ser. E não agindo acabei por agir no sentido se
caminhar pelo trilho que me proponho, para chegar à pessoa que quero ser,
sendo-a hoje.
Complicado? Não…incrivelmente simples.
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